Laudo do IML pode provar que suspeito usou corpo do pai em crime macabro

Laudo do IML pode provar que suspeito usou corpo do pai em crime macabro

Manaus – As investigações sobre o chocante caso do homem flagrado empurrando o cadáver do pai em uma cadeira de rodas no Centro de Manaus, no último sábado (7), avançam com revelações surpreendentes. Rômulo Alves da Costa, 42 anos, e seu pai, José Pequenino da Costa, 77, foram identificados oficialmente, enquanto a polícia apura possíveis crimes envolvendo o ocorrido.

Em coletiva de imprensa, o delegado Adanor, adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), detalhou que Rômulo afirmou ter saído de casa por volta das 12h30 com o pai para tentar empréstimos bancários. O objetivo, segundo ele, seria comprar itens de higiene e alimentos, já que estava desempregado e dedicava-se aos cuidados do idoso.

No entanto, a polícia descobriu que Rômulo é, na verdade, neto da vítima, e não filho, como inicialmente declarado. Familiares revelaram que o idoso sofria de comorbidades, incluindo hipertensão, diabetes e usava bolsa de colostomia. Além disso, um dos filhos de José Pequenino compareceu à delegacia e afirmou não manter contato com o pai desde novembro de 2024.

A perícia constatou rigidez cadavérica no corpo de José Pequenino, indicando que a morte ocorreu horas antes de o corpo ser levado às ruas. O delegado Adanor explicou que, dependendo do laudo do IML, Rômulo poderá responder por:

  • Vilipêndio a cadáver, caso tenha manipulado o corpo sabendo da morte;
  • Estelionato, se tentou obter empréstimos bancários após o óbito.

Durante os interrogatórios, Rômulo teria se emocionado ao confirmar a morte do pai, chorando diante da equipe policial. A proprietária do imóvel onde ambos moravam será ouvida para esclarecer as condições de vida do idoso.

O IML deve liberar em breve o laudo com a causa da morte e o tempo aproximado do óbito. A polícia investiga se Rômulo chegou a realizar transações bancárias após a morte do pai.

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