Gripe aviária levanta alerta, mas consumo segue seguro no DF

Suspeita da doença no Zoológico de Brasília gera fiscalização, queda pontual nas vendas e cautela entre consumidores
A morte de duas aves silvestres no Zoológico de Brasília com suspeita de gripe aviária acendeu um alerta nas autoridades sanitárias e influenciou o comportamento de alguns consumidores do Distrito Federal. As amostras, coletadas de um pombo e de um marreco irerê encontrados mortos, foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, responsável pelos exames especializados. O resultado ainda não foi divulgado.
Diante da suspeita, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) delimitou uma zona de proteção com três quilômetros ao redor do zoológico, conforme o Plano de Contingência do Ministério da Agricultura. A medida visa monitorar propriedades próximas, fiscalizar a saúde das aves e orientar produtores quanto aos sinais clínicos da doença. “As inspeções estão sendo realizadas em todas as propriedades rurais e lojas agropecuárias dentro da área delimitada. Até o momento, não foram identificadas novas suspeitas”, informou a pasta. A fiscalização em estabelecimentos que comercializam aves vivas também foi intensificada.
Segundo a Seagri, desde a divulgação do caso, houve uma leve queda nas vendas de carne de frango e ovos na região. “A Secretaria tem recebido relatos pontuais de produtores e comerciantes sobre uma leve queda nas vendas após a divulgação dos casos suspeitos”, informou em nota. Para conter os efeitos, o órgão diz estar promovendo ações de esclarecimento e reforçando que o consumo de produtos devidamente inspecionados é seguro. “A população deve sempre buscar produtos com o selo de inspeção no rótulo”, orientou.
A auxiliar istrativa Amanda Rocha, de 34 anos, diz que continua consumindo frango e ovos, mas com mais cautela. “Eu ainda estou comprando, mas confesso que fiquei com medo depois que falaram dos casos no Zoológico. A gente fica insegura, né? Mesmo com a orientação de que está tudo seguro, bate aquela dúvida”, afirmou. Segundo ela, os cuidados em casa foram reforçados. “Agora só compro se tiver o selo e cozinho por mais tempo. É a saúde da minha família”, completou.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que, apesar de casos confirmados de gripe aviária em granjas comerciais de outros estados, não há, até o momento, qualquer registro suspeito em humanos no DF. “A SES/DF mantém ativos os protocolos de vigilância epidemiológica voltados ao monitoramento de vírus respiratórios”, explicou, destacando o trabalho feito por meio da vigilância da síndrome gripal nas unidades sentinelas e da síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com amostras enviadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF).
O DF também possui um Plano de Contingência para Influenza Aviária em Humanos, que integra ações de vigilância, gestão, laboratório, assistência farmacêutica, saúde e comunicação. A secretaria reforça que o consumo de carne de frango e ovos continua seguro, desde que os produtos sejam inspecionados e preparados com higiene e cocção adequadas.
De acordo com a SES-DF, em conjunto com o Ministério da Saúde, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Seagri-DF, a pasta também participa de ações com o Instituto Brasília Ambiental e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), monitorando a mortalidade de aves migratórias e residentes em parques, lagos e áreas rurais, especialmente em locais com maior interação entre aves e seres humanos.
No comércio local, os reflexos foram discretos. Giovani Brito, proprietário de um mercado no DF, afirma que a repercussão da suspeita não afetou as vendas no seu estabelecimento. “Fiquei sabendo por meio das notícias, mas aqui foi bem tranquilo. Não teve aumento de preço nem dificuldade para encontrar os produtos”, contou. Segundo ele, a média de vendas continua estável: cerca de 300 quilos de frango e entre 50 e 60 cartelas de ovos por dia. “As pessoas continuam comprando normalmente. Não percebi receio nos clientes”, afirmou. Giovani reforça que o mercado mantém protocolos de qualidade no recebimento dos alimentos. “Analisamos a validade, qualidade e origem do produto. A gente prioriza isso sempre”, garantiu.


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