Faesp aponta lentidão no Plano Safra

Brasil – A alta dos preços dos alimentos tem um culpado de peso: o ritmo lento do Plano Safra 2024/2025. Segundo estudo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), apenas 62,5% dos recursos previstos para o plano foram utilizados em 10 meses, comprometendo a produção agrícola e pressionando os custos de itens da cesta básica, como legumes e outros produtos essenciais.
No estado de São Paulo, quarto maior demandante do programa, o o aos recursos foi de R$ 28,1 bilhões até abril, uma queda de 19,2% em comparação com o biênio anterior. A baixa disponibilidade de crédito tem dificultado a vida dos produtores rurais, que enfrentam custos elevados e desafios para manter a produção em níveis sustentáveis.
A Faesp tem cobrado medidas para agilizar a liberação dos recursos, visando garantir que os agricultores paulistas tenham condições de manter a produtividade e conter a escalada dos preços no mercado. Com a inflação dos alimentos impactando diretamente o bolso dos consumidores, a solução para o problema depende de um Plano Safra mais eficiente e ível.
Dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) mostram que o Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, com R$ 76 bilhões disponíveis, movimentou R$ 43,3 bilhões nos primeiros sete meses, um aumento de 6,4% em relação à safra anterior. No entanto, o foco em agricultura familiar não compensa a lentidão na liberação de recursos para a agricultura empresarial, que recebeu R$ 400,59 bilhões, mas apenas 47,23% desse montante é de recursos controlados, uma queda em relação aos 51,18% da safra 2023/2024.
A suspensão temporária do Plano Safra, anunciada em fevereiro de 2025 por falta de orçamento, agravou a situação. Exceto para o Pronaf (agricultura familiar), as linhas de financiamento subvencionado foram paralisadas, o que, segundo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), pode aumentar os custos de produção de grãos, impactando itens como ovos e proteínas. “É um ataque direto à segurança alimentar”, criticou o presidente da FPA, Pedro Lupion, em postagem nas redes sociais.
A alta dos alimentos também é influenciada por fatores externos, como a seca histórica que atingiu o Brasil em 2024. Em São Paulo, a estiagem e os incêndios comprometeram culturas como cana-de-açúcar e café, reduzindo a oferta e elevando preços. Um agricultor de Sertãozinho relatou perdas de cerca de um terço de sua produção de cana devido a incêndios e seca.
Além disso, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) aponta que, entre 2018 e 2022, alimentos in natura e minimamente processados, como feijão (alta de 22% no financiamento) e cenoura (alta de 53%), tiveram aumentos significativos de preço, agravados pela pandemia e agora pela escassez de crédito.


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