Brasil reduz consumo de álcool e indústria da cerveja aposta em inovação para manter mercado aquecido

Brasil – Enquanto o consumo de bebidas alcoólicas no Brasil apresenta sinais de retração, a indústria do setor movimenta estratégias para contornar a queda sem perder seu público. Dados recentes do Datafolha revelam que 53% dos brasileiros que consomem álcool dizem ter reduzido o consumo, um reflexo de mudanças culturais, econômicas e até regulatórias, como as metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir o uso nocivo do álcool em até 20% até 2030.
Mas o dado mais intrigante é o recorte por renda: quanto maior o poder aquisitivo, maior o consumo de álcool. Entre brasileiros com renda de até dois salários mínimos, apenas 43% dizem consumir bebidas alcoólicas. Já entre os que ganham entre cinco e dez salários, o índice sobe para 64%. Esse comportamento ajuda a explicar a força de marcas como Corona, Heineken, Spaten e Stella Artois, que vêm se destacando mesmo em um cenário de desaceleração.
Menos álcool, mais estratégia
Para adaptar-se à nova realidade, fabricantes apostam em produtos com menor teor alcoólico. Bebidas mistas, cervejas mais leves e lançamentos voltados para o consumo consciente ganham espaço nas prateleiras. A lógica é clara: reduzir o teor alcoólico significa baixar custos, manter margens e, ao mesmo tempo, seguir ocupando o imaginário do consumidor.
“É uma forma de acompanhar o movimento de mudança de hábitos sem abrir mão da relevância de marca”, comenta um analista do setor. E, mesmo com um consumidor mais cauteloso, a indústria segue firme em inovação — com festas sem álcool, cafés matinais e até espaços onde a cafeína substitui a euforia do álcool nas baladas urbanas.
Ambev: menos espuma, mais consistência
A Ambev, maior fabricante do país, encara 2025 com cautela. A empresa projetou um cenário desafiador, afetado pela volatilidade econômica global, pelo aumento das commodities e por possíveis medidas protecionistas do governo norte-americano. Ainda assim, manteve um lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, com receita líquida global de R$ 22,5 bilhões, alta de 6,7%. O volume de vendas cresceu modestos 0,7%, chegando a 45,3 milhões de hectolitros.
O alumínio, matéria-prima essencial para as populares latinhas, é hoje um dos maiores vilões dos custos. Desde a pandemia, as embalagens de alumínio superaram as de vidro, especialmente nas linhas populares e intermediárias. A pressão sobre os preços exige ajustes contínuos para preservar a margem de lucro.
A estratégia da Ambev tem sido sólida: gestão eficiente de portfólio e investimento em marcas com maior valor agregado. Corona, Spaten, Stella Artois e Original puxaram um crescimento de mais de 20% nas linhas e super no Brasil, mostrando que, mesmo em tempos de retração, o consumidor busca qualidade e experiência.
Heineken: estabilidade e percepção de valor
A Heineken, principal concorrente da Ambev, enfrenta dilemas parecidos. Enquanto as marcas mais populares têm dificuldade em crescer, a Heineken mantém uma performance consistente no segmento . A marca principal consegue sustentar preços elevados, apoiada por uma imagem de qualidade superior e pela máxima que o setor já repete como mantra: “onde colocou, vende”.


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